sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Sobre os Olhos



Meus olhos gritam impaciência.
Se minha voz é canto fúnebre
e meu corpo melancólico cala.
O tempo, novos gestos, encontros...
farão ressuscitar estigmas perfumados.

Oh, as flores...
Transgressoras da realidade.
Cujas pétalas acariciam minh'alma
e a seiva alimenta meu ego.

Arrotos íntimos que declamo a ti
no último púlpito de mármore frio.
Falecendo em som perturbador
mantras de teu silêncio.

Viverei!
As pálpebras me falam o caminho.
Cálice sublime, cristal ainda turvo.
a bebida me traz de volta ao ser.

Agora é findo...
aqui jaz a cachoeira.
aqui nasce um mistério.

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